Quando uma empresa se restringe ao sobreviver

Um tema muito tocante frequentemente abordado em pesquisas de diversas associações e organizações é a taxa de sobrevivência das empresas no Brasil. Como solução para reduzir a mortalidade das organizações, muitos empresários propõem soluções como acesso a crédito, redução tributária, melhorias nas leis trabalhistas e aumento das vendas.  

As soluções acima sugerem que se tivéssemos mudanças ligadas ao aspecto de recursos, as coisas fluíram melhor. Mas será que seria esse o ponto real? Será que se tivéssemos mais acesso a crédito, reduções de impostos, leis favoráveis e vendas crescentes resolveríamos tudo? Veja, não estamos deixando de lado as condições desafiadoras para empreender no Brasil. Acreditamos que muitas medidas em níveis estatais poderiam favorecer o empreender e por consequência o próprio país.

Ainda assim acreditamos que uma figura mais ampla surge quando compreendemos que, além de recursos, as organizações são compostas por outros três grandes temas que se entrelaçam: processos, relações e identidade. O grande desafio do empreendedor vai ser cuidar de todos esses aspectos com equilíbrio.

Quatro desequilíbrios a serem cuidados:

  • Estreiteza da missão ou excesso de zelo ao propósito - a crença, valores, inegociáveis deixam de fazer sentido para quem faz parte do negócio - clientes ou colaboradores. As pessoas perdem a identificação com aquela organização ou reduzem seu entusiasmo sobre aquela marca, aquele emprego.

  • Clima endurecido ou muito informal - a organização reduz a qualidade das interações, não cuida da atmosfera de trocas internamente entre as equipes e com as pessoas fora delas. A motivação de estar ali se desintegra e, na falta de espaço, surgem conflitos de vontade, atendimento comprometido.

  • Troca de informação e produção com muitos processos ou poucos - o ritmo se compromete e fluir fica difícil e complicado. Surgem dificuldades na entrega, nos prazos e clientes e equipes percebem a dificuldade de encaminhar as coisas.

  • Recursos escassos ou em excesso -  em último nível as dores podem surgir no financeiro, na estrutura física, na matéria prima. O recurso é como o sangue de uma organização, quando falta, pode pedir uma transfusão para seguir sua vida e se ficar em excesso / parado pode coagular e gerar desequilíbrio também. 

Restringir-se a sobreviver no mundo do empreender é estreitar a visão para qualquer desses quatro aspectos. Já, operá-los em equilíbrio, pode trazer um florescimento do negócio no tempo possível para a empresa, favorecendo que ela fique naturalmente próspera e sinta um contentamento de estar onde está. Isso gera benefícios para si e para quem faz negócios com ela.

E na sua empresa? Quais são os pontos que podem ser cuidados para andar em equilíbrio?

Na Valente, acreditamos que todo negócio pode se posicionar de maneira a ampliar suas oportunidades. Quer saber como podemos apoiar a sua estratégia de marketing? Fale com a gente.

 

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Lidianne HupferComentário