Muito Além do Lucro — um convite a repensar o papel do capitalismo
We.Flow, Editora Vôo, Juliana Bley (nossa cliente) e James Marins apresentando esse combo de lançamentos que tivemos a alegria de presenciar.
O filme Muito Além do Lucro, de Mara Mourão, é mais do que uma produção sobre a importância das empresas de impacto — é um chamado para repensar o papel do capitalismo a partir de um viés muito genuíno. Trata-se de um apanhado de entrevistas que vão se complementando e sendo permeadas por uma história sensível que ilustra o mundo em que estamos hoje.
Com sensibilidade e profundidade, o filme reúne vozes que acreditam que prosperar passa por gerar lucro, mas a partir de outra premissa: gerar valor para a vida. Uma experiência cinematográfica maravilhosa que está em muitas salas por todo país.
Importante: a obra de Mara Mourão conta com outros filmes importantes ao longo do tempo: O primeiro é Doutores da Alegria obra que marcou seu tempo em 2005 e também o Quem se importa de 2014 que apresenta diversas histórias sobre empreendedorismo social. Entre os entrevistados, estão Muhammad Yunus - Prêmio Nobel da Paz - e Bill Drayton - fundador da Ashoka.
Lidianne e James Marins no Cine Passeio para o Lançamento do Filme e Livro
Ao lado do filme, o livro organizado por James Marins e publicado pela estimada Editora Voo amplia a entrega do filme com mais conteúdo das entrevistas organizadas com as ideias, experiências e caminhos possíveis para um capitalismo mais consciente — capaz de alinhar retorno, risco e impacto.
Para nós, todas as vozes ali presentes trouxeram algumas provocações que estão vivas para todas as marcas:
Prosperidade é apenas lucro? Qual a causalidade de não considerar o entorno na composição de retorno de investimento?
Enxergar o lucro como fim é uma realidade que funciona até quando? Afinal, o lucro parte importante, mas não deveria ser o propósito.
Quanto custa não ser uma empresa consciente para o ecossistema? Privatizar o lucro e terceirizar o prejuízo não tem funcionado muito bem se olharmos o todo. Contabilizar as externalidades, como eles dizem no filme é essencial.
Repensar esse ecosistema é um exercício de longo prazo, é cultural. Um dos entrevistados comenta no filme que “fez faculdade num tempo em que a ética não estava conectada a prática empresarial” e nós também! Talvez estejamos agora justamente reaprendendo o que significa agir com consciência em escala. O filme inspira esse movimento.
Falar em um novo marco civilizatório é pensar de modo sistêmico. É compreender que o mundo dos negócios não será composto apenas por empresas de impacto, mas que a norma social do que é aceitável está mudando — e com ela, nossas referências de sucesso.
Na Valente, essa conversa nos atravessa. Apoiamos as pessoas a lançarem um novo olhar sobre os negócios para que possam transformar o mercado. Construir marcas conscientes de si é parte desse movimento: é fazer da narrativa um campo fértil para o autoconhecimento, a coerência e o impacto positivo.
Ser “muito além do lucro” é, para nós, lembrar que prosperar é contribuir para um mundo mais justo, mesmo que em constante construção.